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Manda o goleiro para o gol! - Uma reflexão sobre as vacinas contra a covid-19 em crianças.

Desde dezembro de 2019 o mundo experimentou uma realidade que poucos imaginariam acontecer em pleno século da inteligência artificial e nanotecnologia: um vírus nos afastou de nossas famílias, nossos escritórios e nossas crianças das escolas.

Os prejuízos das perdas de vidas são incalculáveis.

Cada mãe, avô, filho, amigo e conhecido importa e sempre importará!

Por outro lado, temos uma carga de perda tampouco mensurável: o afastamento das crianças das escolas, do convívio com amigos e com o ar livre atrasou, comprometeu e, em alguns casos impediu o desenvolvimento adequado de nossos filhos.

Com o desenvolvimento em tempo invejável das vacinas novos e imunes ventos passaram a soprar, menos para as crianças – último grupo a ser contemplado pela vacina.

Os imunizantes – nomes técnicos das vacinas – foram desenvolvidos com tecnologias diversas e agem de maneiras diferentes, porém com um objetivo comum: REDUZIR A CAPACIDADE DO VÍRUS EM CAUSAR CASOS GRAVES E MORTES. E essa redução é comprovada não só pelos estudos dos testes com crianças, bem como na prática diária que vemos com adultos – aumento do número de casos a partir de dezembro de 2021 com redução do número proporcional de mortes.

É como uma partida de futebol: se entramos sem goleiro – o sistema imune sem vacina – temos chances de tomarmos um gol ou mesmo uma goleada.

Se colocamos um bom goleiro, experiente e ágil (as vacinas!) diminuímos demais esse risco. É disso que se trata.

Mas e a segurança? Devo vacinar meu filho?

Para isso explico que os efeitos graves das vacinas são muitíssimos mais raros do que os casos de doença grave em crianças.

Explicando de outra forma: deixarmos de vacinar uma criança com medo dela desenvolver uma reação grave pela vacina, colocaremos o pequeno (ou pequena) sob um risco bem maior de uma complicação grave pela doença.

Vacina no braço significa escola mais segura, parquinhos mais seguros, encontros de família mais seguros.

Vacina é boa, no braço, melhor ainda


Henrique Binato – Pediatra e Pneumologista Pediátrico, Mestre em Ciências da Saúde, Doutorando em Bioética e pai entusiasta

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